Encerramos agora mais um encontro do Projeto Comunicação Alternativa.
Hoje demos continuidade ao tema/módulo de vídeo, e contamos com a participação de um convidado super legal, que partilhou conosco algumas de suas experiências.
Avelino (Regicida), anarcopunk, da Do morro produções, falou sobre como é trabalhar com documentários, videoclipes, etc (Quem quiser conhecer um pouco de seu trabalho, veja alguns vídeos disponíveis em sua página do youtube: http://www.youtube.com/user/anarcopunkregicida?feature=results_main).
Conversamos sobre como transformar nossas ideias em imagens, como lidar com a dificuldade de se trabalhar com equipamentos que não possuem qualidade profissional, a diversidade de softwares que auxiliem neste processo de edição, as dificuldades de se trabalhar em grupo, dentre outras questões.
Quanto a todas as dificuldades citadas, Avelino destacou que para que se faça um bom trabalho, independente dos recursos, o essencial é a dedicação.
Neste diálogo ressaltou-se, ainda, o quanto é rico o processo coletivo de produção. Apesar dos conflitos e dificuldades, trabalhar com o outro é sempre a melhor forma de se conhecer e aperfeiçoar-se por outros olhos.
Com a presença de Sheyla Mello, Gabriela Luisa Oliveira, Julia Elisabete Oliveira, Sheila Pinheiro Correa e Nivaldo Junior, conseguimos ainda preparar uma pequena animação, que logo menos postaremos aqui no blog.
Bom, é isso ai!
Beijos animados,
Gaby.
________________________________________________
Só acrescentando refletimos as produções autonômas, o grupo falou sobre timidez para entrevistar pessoas, recebemos umas dicas sobre direitos autorais, programas, entendemos um pouco mais do movimento anarcopunk, saboreamos o delicioso bolo de milho e o cafézinho da Dona Lu.
E tocamos em pontos fundamentais, para quem é feito a comunicação? Por quê? Como fazemos?...
Nisto dialogamos sobre as produções do Avelino, um exemplo é Os Narradores de Jardim Panamá, bairro da Brasilândia que entra no foco das especulações imobiliárias e construções de autopistas e poderá desaparecer com seus moradores e na tentativa de ir contra a esse sistema um grupo de jovens narra sua história, o local que viveram e tudo que pode deixar de existir. Outro é um vídeo coletivo sobre a própria Brasilandia, também outras produções que tem como foco a questão da propriedade privada, segue o canal de vídeos pra quem tiver interesse:
É pra quem essa produção?
É feita para os moradores do bairro, para eles re-escreverem sua história, buscarem compreender sua realidade e minimamente se estruturarem para fazer mudanças, na história pessoal e no bairro.
Temos aqui a mesma proposta, ideia da oeste partilhada na leste.
E as produções que fazemos aqui na biblioteca?
É feita para nós mesmo também, para nos enxergarmos, ouvirmos e re-criarmos nossa história, com uso de palavra própria.
E neste momento de partilha que percebemos o quanto ficamos fortes quando somamos pessoas a nossa caminhada, temos realidades parecidas, mas o que nos une é a irritação frente a realidade e a ação para mudanças.
Conversar com o Avelino permitiu uma reflexão sobre o que fazemos e notamos que existe um movimento com muita gente na mesma causa!
Abraços libertários!!
Sheyla Melo.